Muita gente não sabe, mas colchão tem prazo de validade e deve ser trocado no período correto. Isso porque além de ácaros e sujeira, dormir em um colchão muito velho pode trazer diversos prejuízos a saúde. Para saber se é necessário mudar o seu, fique atento: se você está tendo noites mal dormidas ou se mexe demais e acorda várias vezes, essa pode ser a hora! Além disso, uma superfície suja, rasgada, desnivelada e com depressões são outros indícios de que é necessário investir em um colchão novo. Um colchão velho pode causar diversas doenças na coluna, como a cifose (corcunda), lordose (arco lombar curvado) ou a escoliose (que entorta a estrutura da coluna). E é bom prestar atenção, já que os colchões se deterioram aos poucos e o corpo vai se adaptando ao novo molde.

Desde o dia 7 de fevereiro de 2014, as indústrias fabricantes e as importadoras de colchões de espuma ficaram proibidas de fornecer produtos que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo Inmetro. A resolução está prevista na Portaria 79, de 3 de fevereiro de 2011, do INMETRO que coloca em vigor normas e regulamentações para produção e venda de colchões e colchonetes feitos de espuma. As lojas que comercializam os produtos têm exatamente um ano, até 7 de fevereiro de 2015, para vender todo estoque que não possua o Selo de Qualidade do Inmetro. O não cumprimento da portaria levará a eventuais autuações pelos órgãos competentes.

Para a diretora do Grupo Americanflex, primeira fabricante do país a conquistar a certificação compulsória do Inmetro ainda em 2011, esta data é um marco muito importante não apena para a indústria, mas para todos os consumidores. “A certificação do Inmetro é um marco. Agora todos os consumidores terão certeza de que não estão sendo enganados na hora da compra de um produto tão importante para a qualidade de vida de todos como é o colchão”, afirma. Com o selo, os colchões e colchonetes de espuma passam a ter uma referência mínima quanto ao seu desempenho e os consumidores ficam mais seguros em relação aos produtos comercializados no Brasil.

Testes realizados pelo Inmetro revelaram que 67% dos colchões brasileiros apresentam inconformidades, ou seja, nem sempre são o que aparentam ser. O índice chamou a atenção do órgão que decidiu tornar obrigatória a certificação dos produtos. Para receber o Selo, as indústrias devem cumprir normas que determinam, por exemplo, dimensões (comprimento, largura e espessura), resistência da matéria-prima em relação à possibilidade de ruptura, alongamento e rasgo, revestimento, deformação perante a compressão, resiliência, vida útil, fadiga entre outros requisitos.

OUTROS PREJUÍZOS DE UM COLCHÃO VELHO OU DE BAIXA QUALIDADE:

Dor
A dor é um sintoma comum para aqueles que dormem em colchões ruins. Muitos colchões velhos ou baratos não possuem apoio para o corpo por terem uma superfície desnivelada. Dormir em um colchão granuloso ou flácido pode causar dor nas costas e muscular porque permitem que sua espinha se curve, tensionando seus músculos, articulações e ligamentos.

Insônia e sono ruim
Dormir em um colchão ruim pode causar insônia em algumas pessoas. Muitas pessoas rolam pela cama a noite inteira tentando descobrir uma posição confortável e nem desconfiam que a culpa é do colchão.

Fadiga
Insônia e noites em claro podem levar à fadiga durante o dia. Se você sofre com esse problema comece a prestar atenção, pois a culpa pode ser do colchão.

Asma e alergias
Um colchão velho pode engatilhar sintomas de asma e reações alérgicas naqueles sob essas condições, pois colchões ruins muitas vezes contém ácaros e materiais que podem engatilhar reações alérgicas.

Postura errada
Além de garantir um bom colchão, é necessário dormir com uma postura adequada. Manter a postura do pescoço durante o sono previne distúrbios como fortes crises de cefaléia. Não dormir de bruços é outra medida que evita dores no arco lombar, bloqueios no dorso, dormência no braço e tonturas. Pessoas acostumadas a dormir de lado precisam preencher o espaço entre a largura do ombro e do pescoço com travesseiros. Dormir esticado de barriga para cima não é um jeito saudável à coluna; uma alternativa é colocar um travesseiro de apoio entre as pernas. Colchões e travesseiros são recomendáveis em espessura com intensidade média ou semi-rígida. Nada de modelos moles ou duros demais.

Fonte: http://www.rededenoticias.com/noticias/5547.htm